Um corpo inerte aguarda sobre a mesa
Naquele palco despido de alegria
A opereta começa, ausente de melodia
E o mascarado mudo trabalha com presteza.
Há suspense na platéia da arte traiçoeira
Se uma vida prolonga, a oura vai ceifando
E nem sempre do mundo o aplauso conquistando
Assim segue o artista da arte verdadeira.
Não espera do mundo os louros da vitória
Estuda, trabalha, e a tua maior glória
Hás de encontrar na paz do teu dever cumprido.
Quando a vivência teus cabelos prateando
E o teu sábio bisturi, num canto repousando
O bom Deus será por tudo, a ti, agradecido.
Maria Olívia Dantas de Oliveira